O turismo é uma das áreas mais afetadas pela pandemia, em especial no Ceará. Só para dar uma dimensão do impacto, o turismo no Estado acumulou perdas de R$ 1,8 bilhão em março, abril e maio, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Diante desse cenário, como será o futuro do setor de viagens e turismo?
Qualquer previsão a respeito é adivinhação, mas há instrumentos para auxiliar na criação de um futuro de possibilidades. Um aspecto em especial é fundamental: é preciso valorizar o talento e cuidar da saúde mental dos profissionais de linha de frente do turismo, pois eles serão mais demandados do que nunca!
Em 2002, quando a Kronberg iniciou suas atividades, treinando lideranças e colaboradores das principais redes hoteleiras do País, vimos que o desafio junto a esses profissionais, para elevar a produtividade em vendas e proporcionar um atendimento capaz de fidelizar o cliente, não era de ordem técnica, mas comportamental.
Com esta abordagem, foi possível demonstrar nestes dezoito anos ganhos significativos de aumento de valor médio de venda, receita e fidelização. E essa visão nunca foi tão importante como agora. São as competências emocionais que vão distinguir as empresas capazes de criar experiências inovadoras e memoráveis. Do contrário, porque o cliente vai se submeter às estressantes condições que vão caracterizar as viagens daqui para frente? Caso contrário, será melhor para ele ficar em casa ou optar por viagens curtas de carro.
Mas a natureza humana é exploradora e curiosa. Somos seres sociais e ansiamos por estima e pertencimento. A recessão econômica, aliada ao medo de viajar, afetará a demanda por tempo indeterminado, mas continuaremos a viajar! Faz parte da natureza humana.
Carlos Aldan – CEO do Grupo Kronberg – para o Diário do Nordeste
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