O que determina a felicidade? A Psicologia Positiva ou Ciência da Felicidade, que estuda o que dá certo com as pessoas, ao invés de se dedicar somente às patologias, traz descobertas fantásticas sobre as causas da felicidade.
A professora de Psicologia Sonia Lyubomirsky em suas pesquisas identifica que os principais fatores que determinam a felicidade humana são:
O ponto de ajuste (set point) biológico para a felicidade é similar ao nosso set point genético para peso, inteligência, colesterol. Ou seja, 50% de nossa felicidade é determinada pela nossa mãe ou pai biológico ou ambos.
Penso que o achado mais revolucionário desta pesquisa é que as circunstâncias têm um peso de 10% na variação de nossa felicidade. Ou seja, se nascemos na favela ou em berço de ouro, se somos altos ou baixos, saudáveis ou não, bonitos ou feios, se estamos casados ou divorciados, temos filhos ou não, se somos ricos ou pobres, o impacto destas condições no nível de felicidade é de somente 10%!
Este achado explica, em grande medida, porque apesar dos avanços tecnológicos, da maior longevidade humana, do maior conforto material e físico, há dez vezes mais pessoas deprimidas hoje do que em 1945! Apesar desta evidência objetiva, investimos a maior parte de nosso tempo na melhoria de nossas circunstâncias. Ou seja, estamos procurando a felicidade no lugar errado!
É óbvio que a busca por conquistas e melhoria de nossas circunstâncias têm que ser perseguidas, mas não na expectativa que, uma vez atingidas, seremos necessariamente mais felizes. Seremos sim, mas por um tempo limitado em decorrência de um fenômeno neuro biológico chamado habituação.
E o dinheiro nos faz mais felizes? Outro dia ouví de um amigo uma piadinha sobre o assunto de dinheiro e felicidade: O dinheiro não é tudo. Mas não quero tudo, somente o dinheiro!”. Na realidade, a partir de um patamar de remuneração anual, o impacto do adicional de dinheiro em nossa felicidade é negligenciável (vide gráfico abaixo). Pesquisas com milionários (com ganhos acima de US$10 milhões anuais) e trabalhadores de escritórios e fábrica indicam que os milionários possuem um índice de felicidade praticamente igual ao dos trabalhadores (Diener, E., Happiness of the very wealthy. Social Indicators).
Impacto da Remuneração Anual no Afeto Positivo
Fica claro portanto que a chave para nossa felicidade não está na modificação de nossa composição genética (ainda impossível), nem na melhoria de nossas circunstâncias. Resta-nos os 40% que chamamos de atividades intencionais, ou seja, que comportamentos promovem maior felicidade?
Que atividades diárias podemos implementar que terão um impacto de até 40% na variação de nosso índice de felicidade?
Qual é proporção de emoções positivas para cada emoção negativa para ficarmos no nível de prosperidade?
Fica para o próximo post!
Sejam felizes!
Carlos Aldan
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