Atuamos profissionalmente em um ambiente cada vez mais complexo e competitivo, o chamado Mundo VICA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo). Esta desafiadora realidade imprime enormes pressões e cria ao mesmo tempo inúmeras oportunidades para indivíduos e empresas que precisam produzir mais com menos recursos, que precisam engajar seus colaboradores para aumentar a produtividade e suas vantagens competitivas. O sucesso neste contexto exige flexibilidade, sensibilidade cultural, confiança, adaptabilidade a mudanças, execução ágil e colaboração.
Aqueles que criam e sustentam resultados de negócios substantivos neste clima engajam corações e mentes, integram sentimentos com pensamentos para navegar bem sucedidamente tanto no meio profissional como pessoal.
O pensamento racional é altamente eficaz para notar detalhes e para sequenciar e resolver problemas de fatores conhecidos, mas é pobre para lidar com fatores desconhecidos. Por esta razão, a Inteligência Emocional tem sido aclamada como imprescindível, estratégica e crítica para garantir alta performance e ao mesmo tempo saúde mental e física neste ambiente VICA.
Pesquisas validadas cientificamente nestas duas últimas décadas têm demonstrado o impacto nos negócios do desenvolvimento e recrutamento da IE na liderança, no desempenho individual, no engajamento das pessoas, no clima organizacional, no teamwork e na venda e fidelização de clientes.
A IE é o uso inteligente das emoções (sermos “smart” com nossos sentimentos). A IE é o sustentáculo do trabalho em equipe, do gerenciamento de estresse e das decisões inteligentes, alinhadas com nossos valores e propósito. Estas pesquisas demonstram ainda que a IE, mais do que conhecimento técnico, ou métodos tradicionais de medir inteligência, determinam a eficácia individual e resultados de negócios superlativos. Esta competência fundamental diferencia os indivíduos de alta performance e impulsionam líderes e organizações a níveis mais altos e sustentados de sucesso.
A IE ajuda as pessoas a se conectarem e comunicarem com eficácia, a refletir sobre as consequências de seus atos, tomar decisões, gerenciar conflitos e estresse. É a competência habilitadora para líderes criarem um ambiente de trabalho conducente à automotivação, ao pertencimento, confiança, engajamento, influência e a responder com respeito, cuidado e sensibilidade mesmo quando desafiados.
As pessoas com alta IE apresentam as seguintes características: são autoconscientes, autênticos, empáticos, resilientes, expansivos e centrados. Ao invés de desconectados, insensíveis, defensivos, reativos, limitados, temperamentais e indiferentes. Na prática, o primeiro grupo consegue alinhar a sua autopercepção sobre seus pontos fortes e fracos à heteropercepção, possibilitando assim o aprendizado contínuo e a avaliar situações com precisão, determinar o curso de ação e respostas apropriados aos resultados imediatos e práticos que espera assim como convergentes com seus valores e propósito de vida.
A excelente notícia é que podemos desenvolver e fortalecer as competências emocionais, ou a internalidade de controle, para lidar com o mundo VICA, que só se tornará mais desafiador, independentemente do estágio que o indivíduo se encontre no seu desenvolvimento emocional. Quanto mais fortalecemos este locus interno de controle, melhor entendemos e atendemos às expectativas das pessoas à nossa volta e podemos construir relacionamentos que inspirem confiança, harmonia, produtividade e compromisso.
Carlos Aldan
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