Você, CEO, sabia que até 25 de maio de 2025 todas as empresas do Brasil deverão se adequar a um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) — exigência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)?

Pois é exatamente isso que a atualização da NR-01 impõe. Mais que uma simples obrigação legal, a NR-01 coloca a saúde emocional e mental dos colaboradores no centro das estratégias de gestão de riscos, o que, para a empresa, pode significar o divisor de águas entre uma cultura forte e um passivo trabalhista preocupante.

Nos tópicos a seguir, veremos por que essa responsabilidade, conscientização e a liderança do CEO/C-Level são fundamentais, e qual o impacto disso no resultado financeiro e na reputação da organização.

1. Além da Conformidade: O CEO como Guardião de uma Cultura Saudável

1.1 A NR-01 e o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais

A NR-01 determina que as empresas adotem o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso inclui mapear riscos físicos, químicos, biológicos e, agora com ainda mais ênfase, psicossociais.

● Responsabilidade do CEO: A alta liderança deve zelar para que essas exigências sejam cumpridas e internalizadas na cultura da organização. Quando os colaboradores percebem o engajamento genuíno do topo da pirâmide, há maior adesão às políticas e práticas estabelecidas.

1.2 Riscos Psicossociais como Fator Estratégico

Problemas de saúde mental e estresse ocupacional podem resultar em afastamentos, absenteísmo, presenteísmo (quando a pessoa está presente fisicamente, mas ausente em desempenho) e turnover elevado. Tudo isso impacta não apenas a produtividade, mas também a reputação e a capacidade de atrair talentos.

● Visão de Negócio: O CEO que reconhece o peso financeiro de não cuidar da saúde emocional entende que, a longo prazo, a “economia” em prevenção pode gerar custos astronômicos com passivos trabalhistas e perdas de competitividade.

2. O Porquê de Liderar Pessoalmente esse Programa

2.1 Mudança de Cultura Exige Referências de Cima

Delegar integralmente o programa de saúde mental pode fazer sentido operacional, mas cuidar da cultura é missão do CEO. Sem patrocínio executivo, há pouca legitimidade para que líderes de nível intermediário mudem comportamentos e invistam tempo em ações upstream (prevenção e conscientização).

● Autocuidado e Apoio Emocional: O CEO deve ser o primeiro a mostrar, com atitudes práticas, que o autocuidado e a segurança psicológica são pilares fundamentais. Isso implica falar abertamente sobre o tema, participar de treinamentos e cobrar indicadores ligados à saúde mental em reuniões de alto escalão.

2.2 Alinhamento à Estratégia e ao Bottom Line

A NR-01 não se limita a burocracia ou mera formalidade legal. A prevenção de riscos psicossociais aumenta o engajamento, reduz custos com planos de saúde e minimiza passivos por processos trabalhistas.

● Empresas Competitivas: Hoje, muitos profissionais escolhem onde trabalhar com base em fatores de qualidade de vida. Ao liderar esse processo, o CEO transforma a organização em um imã de talentos e, consequentemente, melhora o desempenho financeiro.

O CEO que reconhece a importância da saúde mental como ativo estratégico alinha o compliance à criação de valor, garantindo competitividade e relevância em um mercado cada vez mais consciente e exigente.

3. O Caminho Upstream e Downstream

3.1 Por que Upstream Primeiro?

Iniciativas upstream envolvem a preparação e conscientização das lideranças e equipes sobre os riscos e as responsabilidades na gestão da saúde emocional. Essa fase forma a “blindagem” inicial, evitando “enxugar gelo” ao investir apenas em terapias individuais ou benefícios pontuais.

● Competências Emocionais e Relacionais: É crucial fortalecer as habilidades de escuta, empatia, feedback construtivo e criação de um clima de confiança e segurança psicológica. Sem isso, mesmo iniciativas downstream (como yoga, academia, terapia) acabam subutilizadas ou esvaziadas de impacto.

3.2 Potencializando Iniciativas Downstream

Depois de capacitar as lideranças e fomentar uma cultura de suporte e acolhimento, entram as ações downstream, como acesso a terapia, programas de bem-estar (yoga, meditação), acompanhamento médico etc.

● Integração e Sustentabilidade: Quando as pessoas já estão convencidas do valor preventivo e sentem apoio real da liderança, essas ferramentas downstream maximizam sua eficácia e geram impacto mensurável no clima e na motivação dos colaboradores.

4. Como o Grupo Kronberg | BeMinder Podem Ajudar

Sem ser intrusivo na venda, vale reforçar que soluções como as da Kronberg | BeMinder que vêm sendo implementadas no B2B há 22 anos, com vários business caases de sucesso publicados, vão além do compliance:

1. Mapeamento Preditivo: Identificar pontos críticos de estresse e risco psicossocial através de assessments validados e em compliance com o PGR.

2. Capacitação de Liderança: Trilhas de desenvolvimento em inteligência emocional, psicologia positiva e neurociência; treinamentos específicos para CEOS e C-Level.

3. Ações Preventivas e Intervenções: Jornadas individuais e coletivas validadas cientificamente para fortalecer resiliência emocional, proteger a saúde mental e aumentar engajamento.

4. Dashboards e Indicadores: Acompanhamento contínuo de métricas como absenteísmo, rotatividade e clima, evidenciando o ROI do programa.

Comentários Finais

Investir em saúde emocional e mental no ambiente corporativo não se resume a cumprir a NR-01 ou a “evitar multas”: é uma estratégia de longo prazo que protege o patrimônio humano da empresa, eleva resultados e reforça a marca empregadora. E isso só se materializa quando há um CEO engajado, que lidera pelo exemplo e entende que um clima de confiança e segurança psicológica impulsiona produtividade, engajamento e inovação.

No mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo), a inteligência emocional e a capacidade de cuidar do time determinam quais organizações sobreviverão e prosperarão neste século tão desafiador. Cumprir a NR-01, portanto, é apenas o começo de uma jornada que, quando bem liderada, gera benefícios tangíveis — do engajamento ao crescimento sustentável da empresa.